domingo, 27 de maio de 2012

Marcha Vadia




Olá, amigos-leitores! Como estão? Este poema foi feito durante a reunião de hoje a tarde (muito boa, diga-se de passagem). E entre falas instigantes, lembranças de histórias triste e revoltantes e de frases de Simone de Beauvoir, esses versinhos me vieram a cabeça. Dedico à todas as mulheres e homens que percebem a importância de discutir as relações de gênero, pois, como já disse por aqui: discutir relações de gênero é possibilitar novas formas de ser para homens e mulheres. É a possibilidade de romper os grilhões da hipocrisia moral, que prendem a todos.
(Essa causa vale a pela! Espero que gostem dos versinhos.)


Marcha Vadia

A estatística é algo frio
Mas as mulheres, quentes.
Sofrem violência recorrente,
Que começa pelo "psiu"
E só por ser diferente,
A dominação é pelo "chibiu"

[Certos] Homens são monolíticos.
São pedras no dia-a-dia.
As mulheres, seres políticos,
Viram que jeito havia
Pra mudar essa triste realidade.
Não há sexo, raça ou idade.
Por isso grito: Não sou puta!
Vamos à Luta, Marcha Vadia!


Kellysson Bruno Oliveira (L)

domingo, 13 de maio de 2012

Nossa Glória




Boa tarde, amigos-leitores! Que saudade! Quanto tempo, né?! Esse semestre a UFAL tá me consumindo, infelizmente. O motivo de minha vinda, hoje, na realidade, é uma promessa que fiz a mim mesmo, tempos atrás. No fim do ano passado, assisti a uma palestra maravilhosa, do prof. Lepê Correia, num evento chamado "Fala Negro", organizado pelos meus amigos petianos do NESAL. Durante a palestra escrevi esses versinhos, que, desde esse dia, jurei que iria postar hoje, no meu blog. Fico triste, somente, pois em pleno 13 de maio, ninguém fala dele. Fica a dúvida se é só em função da coincidência do dia das mães. As mães são importantíssimas, sem dúvida, mas essa data é só mais um invenção mercadológica. O 13 de maio, por outro lado, é história, é mais um capítulo controverso da humilhante história de um povo sequestrado, estuprado, roubado, violentado de todas as mais cruéis maneiras.
13 de maio é um lembrete, é um grito de atenção, para que olhemos nós mesmos e nos perguntemos, temos o que para comemorar? A liberdade se fez mesmo para os Negros ou só agravou e covardemente piorou a já desumana condição a que eles estavam submetido?


Nossa Glória



A folha é branca,
Mas a palavra é negra!
O sentido é de todos,
Mas se excluem alguns.

Não sou negro de pele.
Mas o sou em cultura e história.
Que o vento da tradição me leve...
A resgatar e(re)produzir nossa glória.

Quero a outra verdade...
Para estas não mais estarem nos becos.
Garantir com minhas diferenças, igualdade.
E mostrar as lágrimas e suor passadas a história a seco.

Fala negro!
Agora tu podes!
Conta a tua história.
Ponha no livro, agora, sem cortes.

A palavra é teu território.
Feita pra ressignificar o mundo!
A malandragem é teu envoltório
Pois, nosso brincar é o sofrer mais profundo.

domingo, 4 de março de 2012

Numa Tarde Faceira




Esse foi um desenho que fiz há tanto tempo que nem me lembro direito. Só sei que sempre gostei dele. Pretendo escrever um história que explique essa cena. Em breve a mostrarei a vocês. =D


Olá amigos-leitores, como estão? Eu não sei vocês, mas eu adoro quando sou pego distraído e descubro algo que me desperta sensações boas. Acho que isso é felicidade pura. Foi num dia qualquer, daqueles que você nem espera muita coisa, que encontrei a música "Da menina", de Tulipa Ruiz. Poxa, é fantástica. Apaixonei-me por ela logo na primeira vez que a ouvi. Foi muito bom. E ao escutá-la, de repente, me surgiu uma poesia. A música de Tulipa me lembra a minha inacreditável esposa, Roberta, e é a ela que eu dedico esse post.
Peço-lhes, somente, que leiam o poema escutando Tulipa. Ajuda a recompor a atmosfera daquela tarde... que me veio faceira.

Aqui vai o link: http://www.youtube.com/watch?v=eUw8XDiLnSg&feature=related

Espero que gostem, tanto do poema quanto da música.



Numa Tarde Faceira

Gosto de tardes faceiras
Com gosto de novidade,
Que se fazem feiticeiras
E me trazem [alguma] felicidade.

Gosto de descobrir;
De estar desatento.
Gosto de andar e sumir
Por todo o elo e relento.

Fazer de conta! Imaginar!
Ir pra mundos tão diferentes –
Tocar a ponta! Fingir e brincar –
[Que só existem naquele instante]
Que só existem na minha mente.



Por: Kellysson Bruno Oliveira Lima. (L)

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Hoje



Olá amigos-leitores! Como estão? Bem, as aulas voltaram. Devo confessar que não estou muito empolgados para estas. Além do mais, o semestre letivo nem começou direito e já está recheados de problemas (muitos deles comigo mesmo). O jeito é tentar resolve-los aos poucos. Foi por conta das aulas também que demorei a postar de novo (e parece que será assim todo esse ano). Mas, quanto ao poema, iniciei sua escrita nas férias, mas só o conclui hoje. Acho que mudei a ideia original, mas não tava conseguindo escrever o que tinha pensando antes de jeito algum. Refiz minhas ideias e enfim saiu.
Espero que gostem.
Até mais.


Hoje


As coisas andam invertidas...
E a chegada, agora, é só ida!
Ando calculando tudo,
E esse tempo não me basta.
Sinto que trinquei o escudo,
E cada minuto passado me falta.
Descobri que meus sonhos são mudos;
E que a tristeza só desafina.
Foi expulsa do seu mundo.
E hoje vaga clandestina.


Por: Kellysson Bruno Oliveira Lima (L)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Infalsos de Sábado



Essa imagem diz quase tudo!

Olá amigos-leitores. Faz algum tempo que escrevi esse poema. Nem pensei em postá-lo aqui, pelo menos não até hoje. A história dele é bem simples. Há muito tempo que não saia de manhã, num sábado, pelo centro de Arapiraca-AL. Quase já havia me esquecido do quão movimentado é, sobretudo em época de fim de ano. Mas, mais que aumento do movimento de transeuntes, vi aumentar absurdamente o nº de pedintes pelas ruas. Isso me deixou muito angustiado e curioso pra entender isso. Acho que esse é um dos problemas que penso ser mais urgentes à Psicologia. Mas isso já é outra história. O fato é que a cidade tá crescendo e rápido de mais, e junto a ela, a indigência. Esse é a minha cidade, a minha velo-cidade. Dedico-o em especial a minha amiga, Paulinha, que foi quem me fez sair de casa nesse sábado de manhã.
Espero que gostem, e, acima de tudo, reflitam!


Infalsos de Sábado



Passa...
Passos...
Pessoas.

Muitas delas
Andam infalsos.
muitas delas, atoa.

Tanta gente.
Seus percauços.
Isso Destoa.

Seus motivos,
Alívios,
Ou mesmo Risos.

E pra onde quer que se vá.
Teimo em escutar.
Uma única palavra a chiar.

Anda!
Andar.
Andarilho...

Mente!
Digo,
Mendigo.



P.S. Tentei dar a idéia de passos. Não sei se consegui.

Por: Kellysson Bruno Oliveira Lima (L)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Céu




Olá amigos-leitores, como estão? Há uns dias eu tive um sonho muito estranho. Mas também muito gostoso. Sonhei, dentre tantas coisas que voava. Hoje, enquanto estudava um pouco de francês, olhei pro céu. Foi então que comecei a escrever algumas frases no Twitter, e quando menos percebi estava fazendo um poema. Resolvi postá-lo aqui, e compartilhar com vocês. Porém, antes de lerem, meus amigos, peço, por obséquio, que escutem essa música: http://www.youtube.com/watch?v=FKysvUPm_wQ
Era a que estava escutando quando compus esses versos. Ela faz aparecer um pouco da atmosfera, no mínimo bonita, que tive. Agradeço desde já a minha maravilhosa pequenininha, Roberta, que me apresentou essa e outras músicas de Françoiz Breut. Muito Bom Mesmo. =D
Espero, sinceramente que gostem! ^^


Céu


Esse majestoso azul está a me chamar
Não para de me atrair
Diz que lá é meu lugar
Mas será que posso, de lá, cair?

O que acontecerá se tentar?
E se lá conseguir subir?
Será que posso me desatrepar?
Não estou eu a me confundir?

Quero voar pra sonhar!!!

E acordado descobrir,
Se é possível realizar.
E mesmo se não, nunca desistir.
Só Sair pra novamente o buscar.

O céu e a torre que me fazem sonhar.
Perdi o controle, não posso mais voltar.

L'incertitude des rêves me fait croire, certainement, dans la réalité de cela.
[A incerteza do sonho me faz acreditar, certamente, na realidade desse.]

Por: Kellysson Bruno Oliveira Lima (L)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Pra Carlinda


Psicoamigos em Recife

Olá Amigos-leitores. Hoje faço uma homenagem a uma pessoa queridíssima não só pra mim, mas pra todos os que eu conheço. A ela estava devendo uns versos desde o dia 15 de novembro do ano passado, seu aniversário. E é em nome de todos os psicoamigos que lhe dedico, minha amiga Carlinda, esses simples versos.
Obrigado pela atenção e pelas palavras e conselhos sempre precisos.
Espero que gostem. Esse foi feito com todo o carinho.


Pra Carlinda


E uns versos me pediram.
Improvisados na hora.
O meu juízo, sacudiram.
Com esse desafio d'agora.

Mas com fé eu lhes digo.
Que dessa peleja num corro.
Vocês são meus amigos.
E a vocês irei em socorro.

Uma pessoa animada e doce,
De jeito inesquecível.
Mãe de todos, é como se fosse.
De alegria inconfundível.

Tem um jeito manso e calmo.
Olhar de gente crescida.
Traz a paz de um salmo.
Com palavras escolhidas

Sua fala me diz muito.
Mensagens de pura verdade.
De pensamento bem astuto;
Buscando só a felicidade.

Obrigado pela atenção.
Preocupa-se mais com outros!
Cultiva minha admiração.
A minha e a doutros.

Dona duma risada cativante,
Que a todos alegra.
Um sorriso incessantante,
Ao seu bom humor se integra.

Mas gosta muito de dormir.
Parece um bicho preguiça!
No sono teima em cair.
E só de manhã se espreguiça.

Com todos é carinhosa.
Em especial com os pequenos...
é sempre muito atenciosa.
Com seus conselhos sempre amenos.

Grande amiga
Nossa companheira.
Sincera e querida.
Sempre Verdadeira.

Desejo-lhe tudo de bom!
Das felicidades, a mais plena.
Que cultive todos os seus dons
Numa vida longa e serena

Este desafio eu aceitei.
E há muito faltava pagar.
Mas da missão nunca esquivei.
E esse poema faltava apresentar.

A beleza está em seu nome.
Aonde anda é bem-vinda!
Sorrir e o seu Codnome.
Esse poema é pra você, grande amiga, Carlinda.



Por: Kellysson Bruno Oliveira Lima (L)