quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Twitter




Olá amigos-leitores! Como estão? Hoje resolvi fazer algo diferente. Durante esse ano, redescobri o twitter, e escolhi algumas das frases que escrevi durante esse ano para postar hoje, aqui. Esse é meu link, fiquem a vontade pra conferir: http://twitter.com/#!/kellyssonb
Espero que gostem!

Frases do Twitter


Poesia:

* A poesia é outra possibilidade pro real. Outra forma de ver o mundo, transmitida por máquinas de (re)significações multipolares, as palavras

* Descobri!! A poesia é o próprio ENTRE! A mais linda e fantástica antitotalizadora!

* Poesia é a arte da afetação individual, por meio de palavras com som de brincadeira!


Repente:

* E hoje eu descobri que o repente dá trabalho. E que trabalho. Tou exausto! Mas valeu a pena cada minuto!!!

* Pois o repentista é inovação e resistência! Sejamos todos repentistas, então! É adentrar o mundo do fantástico pelas portas da contradição.

* Compreender o repente é entender o homem que o produz, e que está no limiar da dualidade dicotômica formada entre a tradição e a internet.

* O Repente é antes de qualquer coisa, um instrumento de navegação sócio-histórico e cultural, do Nordeste brasileiro. Orgulho de ser do NE!!


Outras tantas:

* Acho que, enfim, descobri pra que serve um Twitter. Mas acho que é melhor não contar a ninguém. No mundo de hoje, descobertas são perigosas.

* Imaginação? Bem, pra mim, é lembranças e saudade de algo - sem fim nem começo - que ainda nem chegou.

* O tempo é, literalmente, a maior invenção da humanidade. Felizmente ou não, ele não existe.


* Já fazia tempo... Muito tempo... Tanto tempo que... Já não se esperava encontrar/ O próprio esperar...

* Hoje eu gostaria de dizer/ Que sinto que a qualquer momento posso desapare... PUFT!!! [Sumi]

* Ultimamente venho andando quieto. Prestando mais atenção ao meu redor. Mas não sei dizer se o que eu estou fazendo é observação ou paranoia.

* Não se preocupe! Eu vejo os invisíveis. E continuarei a ver, pois amanhã eles continuaram todos lá, ainda, assim como alguns planejaram.

* As palavras e suas magias. De repente, tudo mudou outra vez, e aquelas nuvens cinzas, feitas de atos incompreendido, logo trataram de sumir.

* A revolução diária é feita de poucos bocados e muitos sussurros (sussrros profundos). Não quero ciência que não é libertação! Social eu vivo

* Queria entender essa lógica caótica da minha vida. Mas para isso teria de deixar de ser caótico, depois teria de deixar de ser a minha vida

* O Silêncio Negro, Ecoa ./ O Negro Silêncio, Grita.

* Alô... Alô... Há alguém escutando por aí? Há alguém capaz de olhar nos olhos sem medo?

* Eu gosto da cor da tarde. / A luz de 4 e meia / Que entra Pela sala ... / E no meu sofá, se asseia.

* A cada minuto me processo dentro de outro, e sou trabalhado por tantos que perco as minhas noções de limites, identidades, me torno o ENTRE.

* Uma presa que se preze, preza por desprezar aquela que terminou por ficar presa. Concorda? Devaneios e brincadeiras entre leituras sem graça

* Cansado... Matando um ou dois leões por dia. E nesse ritmo quem não vai durar muito sou eu. =(

* A verdade se revela pelos pequenos detalhes, por aqueles quase imperceptíveis. Mas são esses pequeninos que nos atingem mais fundo.

* Sair. É só o que eu queria. Matar esse eu. É só o que faria. Tou na fronteira, isto é, em lugar algum. Na terra de ninguém. Sentido nenhum.

* Eu sou o último derradeiro de mim mesmo... Perdido por entre o fim. E era o meu fim. E eu sabia disso. E agora?

* E tudo começou outra vez... / Aquele céu azul e branco / Traz de novo a escassez.

* Certamente estou pisando em ovos, mas sou eu que estou a me quebrar.

* A única verdade absoluta é que tudo é inconstante! O Corpo Sem Órgãos é vibração. Transformação de Energia, tudo no plano do possível.


Por: Kellysson Bruno Oliveira Lima (L)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Linguagem (trans)figura!


Esse foi um desenho que fiz durante uma aula de psiconeurobiologia - mas era só apresentação de trabalho e já estava muito cansado. Seu nome: Aventuras num mundo Quadrado. (Pra ver melhor é só clicar. ^^)

Olá amigos-leitores! Depois de muito, retorno a meu querido blog pra postar uma poesia que iniciei já há um tempo, mas que a conclui hoje. A poesia é uma grande brincadeira. Quis transmitir um pouco disso nesse poema, que, pra mim, foi um
intenso brincar. Falar do próprio Português é muito bom. Dedico ao grande David. Mais que um professor... Um amigo, um exemplo!
Espero, sinceramente, que gostem.


Linguagem (trans)figura!


Escrevi a linguagem.
Conheci a figura.
Dancei com a miragem
Num jardim de bravura.

Num mundo de eclipses...
Desapareço no zeugma.
Me escondo em Elipes
Espaços feitos de zebra.

Mas nesse breve escuro,
Um caos aconteceu.
No meio do silêncio ouviu-se um urro.
O que foi isso, pelo amor de Deus?

O sacro sarcamo...
Com a palavra Verossímia,
Carregado de Pleonasmo,
Atacou "sem querer" a pobre Metonímia.

E o hiperbato, só se achando.
Começou tudo de trás pra frente.
Ao cair, ficou aos prantos.
Esse tombo nunca mais o deixou rente.

A silepse são uma multidão.
Cabe número gênero e pessoa.
Adequa-se a cada Confusão.
Mas queria todo mundo, tudo junto, numa boa.

Coitado do anacoluto.
Ninguém o entendeu.
Chorava pelo luto.
Será que a catacrese faleceu?

O clima, então, ficou pesado.
A hipérbole agigantou-se.
O eufemismo foi chamado.
De amenizar a situação tratou-se.

Mas confundiram a Anatomásia
Com a doida anatomia.
Fizeram isso sem maldade.
Foi tudo só por ironia.

A confusão estava armada.
Mas a Prosopopéia não tava nem aí.
Conversava com uma cadeira (doce e mimada).
Que [sem perder tempo,] logo a convidou para sair.

A metáfora, então, quis resolver tudo.
Agiu sem comparação.
Falou do grande discurso do mudo.
Chamou logo a atenção.

A antítese Quando viu
Não quis ficar por baixo.
Disse que aquela era sua função
Soltou logo um esculacho.

Eu estava no cantinho.
E pude ver quando tudo terminou.
Estava ali, bem escondidinho.
Quando a luz, ao recinto, voltou

Foi então que me viram.
E acreditar não conseguiram
Trataram logo de se comportar.
Mas não mais aguentaram e começaram a gargalhar.

Descobri nesses poucos versos.
Que com a Linguagem escrevo a figura.
Por ela , o mar do Português, atravesso
Essa foi só mais uma aventura.



Por: Kellysson Bruno Oliveira Lima (L)

sábado, 3 de dezembro de 2011

Tempo



Olá amigos-leitores! E aí, tudo bem com vocês? Desculpem a demora em postar, mas é que ando muito sem tempo. (Fim de período na UFAL, muita coisa pra fazer ao mesmo tempo). E é justamente por isso que resolvi escrever, rapidinho, sobre o tempo (esse algo mágico que me fascina).
Espero que gostem desses versos simples. ^^
Leia mdevagar, sem pressa, afinal, nos tempos todo o tempo do mundo, né mesmo?



Tempo

O tempo chove!
Corre e respinga lento.
Por tudo ele se move.
Leva e traz consigo o vento.
[Segue saindo escorrendo]

O tempo é todo travessura,
Quando se vê, já se foi...
Voa e carrega a candura.
Não espera, não produz o depois.

Ele é inteiro movimento.
É alento, buraco e falha.
Passeia pelo mundo montado em sentimentos.
É a mais poderosa muralha.

Se anda, reclamo da rotina.
Se não anda, me deixa irritado.
Se emana, me invade a retina.
Se desanda me faz desesperado.


Por: Kellysson Bruno Oliveira Lima (L)