quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Silencioso e Cor-de-ceú


Nessa última segunda, em uma conversa bastante informal com a minha esposa, Roberta, eu a prometi - entre olhares doces e alegres gargalhadas - um poema. Até ontem a noite não havia feito coisa alguma, mas eis que derrepente, fui acometido por umas ideias na forma de palavras e, depois de um dia incrível que passei ao lado do meu amor, consegui reunir algumas delas na forma desses singelos versinhos. E é a ela que dedico esse poema. Muito mais que te amo, meu amor. Até amanhã, minha flor.


De uns tempos pra cá
Venho passando por um bucado de coisas
Vivendo um mói de histórias,
Algumas até um tanto loucas!
E dentre idas e vindas...
Terminei por me perder,
Ou melhor, desconhecer.
Não sei mais quem sou.
Não sei mais o que gosto.
Não sei sequer pronde vou,
Quanto mais com que me importo.
Contudo, eu posso não saber o
Que gosto, nem pronde eu pendo...
Mas eu sei quem amo
E contigo vou aprendendo.
Ao teu lado tudo a simples:
O caos entra em ordem;
O mundo fica lindo,
Que nem teu sorisso de desdem,
Uma mistura de silencioso e cor-de-céu.
Com vc encontro meu rumo,
E cada dia se torna único e incrível.
Tal qual o da abelha e do mel.



Por: Kellysson Bruno Oliveira Lima. ♥

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tarde Encantada


Há um tempo atrás, quase sem saber que aquela seria a minha despedida da cidade de pedra ladeada por o velho rio, fiz um rápido passeio pelas ruas de Penedo-AL. Nesse passeio fui a lugares que nunca tinha ido, apesar de vê-los todos os dias, e me encantei com a riqueza que até então não conhecia. Com certeza tudo que vi e ouvi, quardei no coração, as prosas inesperadas que tive nessa bela tarde - andando pelo calçadão - com pessoas que nunca nem as vi. Mas, mágico mesmo é olhar, ou melhor contemplar, aquele belo lugar, num fim de tarde, ao som de Led Zeppelin e Quinteto Armorial.
Espero sinceramente que gostem. ^^


TARDE ENCANTADA


E sob um véu profundo e indecente

Por entre aqueles antigos caminhos, o andarilho

Andando por trópicos, em tardes tão quentes.

Encontram-se no fim aqueles velhos trilhos,

Cortados por seres incandescentes

Cavalos-de-fogo, duendes, seus filhos...


Pro mode de Negos d’água, iara e fogo-corredor...

A minha visita inusitada,

Encantada se tronou.

Se dessa minha prosa o senhor não se agradou...

Levo embora a história que a esses versos criou.


Mas, se o doutor a escuta contente...

Falarei de velhas histórias, honra, orgulho e amor.

Que há muito faz parte da vida dessa gente.

Como em um grande lago, que depois de pedir licença...,

simplesmente mergulho e vou.


Andando por entre casarões estonteantes

Por ruas estreitas, cheias de Xagô...

Percebi um mundo diferente,

Aonde o nosso Senhor me jogou.


E ao descer à beirinha do rio, vi diversas embarcações

Tão lotadas de tantas coisas fascinantes,

Mais que simples coisas, carregavam tantos corações,

Ao atravessar o domínio daquele velho gigante.


E pra terminar essa história diferente...

Não sei porquê demorei tanto a fazer isso.

Mas, especial mesmo foi ver aquele belo poente.

E me despeço dessa aventura com um sincero sorriso.



Por: Kellysson Bruno Oliveira Lima. ♥